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Antes de sair para comprar algo, faça o exercício de se perguntar se você realmente precisa, para que serve e por quanto tempo. Isso contribuirá para mudar a sua mentalidade e ajudará a reduzir a quantidade de resíduos que você recebe e produz.

Repensar significa que todos devemos estar mais atentos aos nossos hábitos de consumo para limitar nosso impacto no meio ambiente. Este princípio é um convite a repensarmos nossas escolhas diárias, percebendo que os recursos naturais do planeta são limitados e precisam ser preservados para as gerações futuras.

 

Repensar é o primeiro dos 6 Rs da sustentabilidade e aquele que as pessoas devem olhar com a maior prioridade. Repensar é muito importante porque é o primeiro passo para mudança de mentalidade, que pode nos ajudar a mudar o mundo e salvar o meio ambiente.

Mudança de hábitos

 

      • Compre apenas o necessário

 

Todos nós compramos coisas que não precisamos, pela simples razão que vários mecanismos são utilizados pelo mercado para nos induzir a comprar. O primeiro passo para combater o excesso de lixo é combater o excesso de luxo. Evite fazer compras por impulso e não compre grandes volumes para estocar. Quanto menos você comprar, menos vai jogar fora.

 

Classificando as suas compras em 4 grupos, certamente a decisão de compra será muito mais consciente e mais assertiva: (1) necessidade - item imprescindível para sobreviver no dia a dia, (2) as vezes necessário - Você não precisa desse item todos os dias, mas o usa com certa regularidade, (3) Desejo - você quer comprar este item porque quer, não porque precisa, (3) Porcaria - Você não tem uma boa razão para comprar, ou provavelmente já tem algo igual ou parecido.

 

      • Pequenos hábitos que fazem a diferença

 

Adotar ou mudar pequenos hábitos podem ajudar muito a racionalizar o uso de recursos naturais, como: (1) andar a pé, além de contribuir com as emissões de carbono, é um hábito muito saudável, (2) além de banhos mais curtos, reduza a temperatura da água (no verão, ou dias mais quentes é possível mudar a chave do chuveiro para a temperatura mínima – isso reduz muito o consumo de energia), (3) apague as luzes quando não estiver ocupando cômodos da casa, (4) o ar condicionado é um grande vilão no consumo de energia, portanto, regule a temperatura em 23 graus, que é uma temperatura amena e o consumo de energia é muito menor, além de poupar o equipamento. Além disso, não deixe o aparelho ligado por longos períodos (Considerando a tarifa média atual de R$0,74, para um aparelho de 9.000 BTUs (17,6Kw mês), ligado diariamente por 8 horas seguidas, o gasto mensal será de: 136khw x 0,74 = R$104,19, isso mesmo mais de R$100 consumidos por um único aparelho)

 

 

Água - como diminuir a contaminação

 

    • Uso de detergentes

 

Sabão e detergente são produtos surfactantes, que facilitam a lavagem de produtos oleosos como água, que é um solvente polar.  O acúmulo de produtos e substâncias de limpeza, como detergentes e produtos com cloro ou hipoclorito de sódio, formam uma camada de espuma na superfície dos rios e lagos, que impede a entrada de oxigênio, essencial para a vida dos peixes, assim como a entrada de luz nos corpos d'água, essencial para a fotossíntese dos organismos subaquáticos.

 

Uma dúvida frequente sobre a fabricação de sabão está relacionada ao uso da soda cáustica, que por ser uma base forte, pode causar irritações na pele, em seu estado natural. Porém, quando empregada na fabricação de sabão ocorre uma reação química conhecida como saponificação, onde a soda cáustica reage com os óleos e gorduras, resultando em sabão mais glicerina. Ao passar pelo processo de cura, toda soda cáustica presente reage com os óleos, formando um produto de pH próximo ao neutro.

 

Saneantes são produtos destinados à aplicação em objetos, tecidos, superfícies e ambientes no geral, com o objetivo de desinfestação, desinfecção, esterilização, sanitização, e desodorização de ambientes e no tratamento da água. Água sanitária, alvejantes, detergentes, limpa vidros, amaciantes, sabão, removedores, produtos de tratamento de água para piscina, inseticidas, raticidas, repelentes, entre outros, são exemplos mais comuns de saneantes, que vão parar nos mananciais, rios e lagos.

 

Esses produtos para serem comercializados, devem seguir um conjunto de regras desenvolvidas pela Anvisa, que incluem um rigoroso controle de qualidade durante os processos de produção, manuseio, importação, armazenagem e distribuição. No entanto, existem produtos não registrados que não seguem tais normas, que apesar do preço convidativo, podem causar risco à saúde dos consumidores, e principalmente ao meio ambiente.

 

Está mais que claro que qualquer produto de higiene causa algum tipo de impacto no meio ambiente. Portanto a melhor alternativa é reduzir o consumo desses produtos, evitando sempre que possível, o uso de sabão e detergente. Uma alternativa é usar produtos mais naturais como o bicarbonato de sódio e o vinagre e, sempre que possível, busque produtos com uma pegada mais ecológica

 

      • Uso de amaciante químico para roupas

 

Muitos amaciantes contêm produtos químicos à base de petróleo que são prejudiciais ao meio ambiente, e a maioria das fórmulas não é biodegradável, causando impactos diretos no meio ambiente. Outro grupo de componentes químicos principais usados ​​para amaciar as roupas são os compostos de amônio quaternários (“quats”), que estão ligados a irritações respiratórias e da pele, além disso, não são biodegradáveis ​​e podem ser tóxicos para os microrganismos aquáticos. 

 

 O cloreto de dimetil amônio de sebo dihidrogenado é um material gorduroso que é usado na maioria dos amaciantes químicos de roupas, e se enquadra na categoria dos quats. Outros ingredientes são emulsificantes, e a maioria das marcas tem um, dois ou uma combinação de vários tipos, que incluem polímeros de emulsão, macro emulsificantes e micro emulsificantes. Tudo isso vai para os mananciais quando você descarta a água da máquina de lavar, sem se contar com as embalagens de plástico do tipo LPDE, usadas pelos fabricantes de amaciantes, que são descartadas as toneladas diariamente.

 

 Mas existem alternativas para mitigar tais impactos, tanto no meio ambiente como para a saúde, dentre os quais pode-se destacar o vinagre e o bicarbonato de sódio. Ambos substituem, com muitas vantagens, os amaciantes químicos comerciais.  Clique aqui e veja recomendações com alternativas ao amaciante químico de roupas. 

 

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 Coleta de água da chuva

 

Coletar a água da chuva para uso doméstico, ou em pequenos comércios, é uma alternativa interessante para reduzir o consumo de água potável, em especial para atividades que não exigem o uso de agua potável, como lavar quintal e calçadas, regar o jardim, lavar carros, etc.

 

Portanto, vale a pena avaliar a instalação de um sistema de captação de água de chuva e o armazenamento. Clicando no link é possível fazer o download do documento “Captação de água de chuva”, que descreve como construir diferentes tipos de sistemas, desde projetos mais simples até sistemas mais sofisticados e obviamente mais dispendiosos.

 

Apesar de uma aparente complexidade, construir um sistema que aproveite a água da chuva não é uma tarefa para especialistas, portanto, vale a pena repensar nesta alternativa, pois certamente isso permitirá racionalizar um dos recursos mais escassos da natureza. 

 

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Produzindo o seu próprio alimento

 

Produzir o seu próprio alimento trará a você inúmeros benefícios, indo desde o econômico até os de saúde e bem-estar, passando pelo sabor diferenciado dos alimentos orgânicos e a sensação de que está dando uma grande contribuição para o meio ambiente.

 

A ganância irresponsável do homem leva-o a colocar veneno na sua própria comida! Isso por si só deveria ser um motivador para que todos cultivassem seus alimentos livre de agrotóxicos. A ideia que você precisa de um terreno enorme para produzir alimentos não corresponde à realidade. Pequenos espaços em jardins, terraços e varandas permitem plantar verduras, temperos e legumes, mesmo em vasos e floreiras é possível produzir suas próprias verduras.

 

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Faça a sua horta

 

Fazer uma horta é relativamente simples. Exige um espaço com terra, ou não, adubo e regas regulares. Se tiver espaço no seu quintal ou jardim, mesmo que seja um pequeno terreno, é o ideal. Caso não disponha, é possível plantar em vasos ou floreiras e obter um bom resultado. Verduras e legumes são produzidos com facilidade em vasos. Outra possibilidade é a instalação de um sistema de produção de verduras hidropônicas, onde praticamente de tudo pode ser produzido sem plantar diretamente na terra. Clicando aqui você poderá fazer download do documento: "Pequeno guia sobre sistemas hidropônicos".

 

Clique aqui e faça download do documento “Construindo a sua própria horta”.

 

    • Fertilizantes

 

Os seres humanos necessitam de água, proteínas e carboidratos para sobreviver. Da mesma forma, as plantas precisam de nutrientes para prosperar. Os nutrientes são classificados em dois grupos: macronutrientes e micronutrientes. Os macronutrientes são os elementos de que a planta necessita em quantidades elevadas; e os micronutrientes, aqueles dos quais elas precisam em quantidades menores.

 

Os macronutrientes mais importantes para o desenvolvimento das plantas são o fosforo, potássio e nitrogênio. Além desses, são também essenciais para as plantas o cálcio, o magnésio e o enxofre. Quanto aos micronutrientes, os principais para elas são: boro, cloro, molibdênio, cobre, ferro, zinco e manganês.

 

Os fertilizantes podem ser divididos em dois grupos: orgânicos ou naturais e químicos ou inorgânicos. Independentemente do tipo de adubação, o objetivo será sempre fornecer nutrientes para as plantas.

 

Apesar de que a indústria de fertilizantes defina que a principal diferença entre os fertilizantes naturais e os químicos é o tempo de absorção dos nutrientes, isso não é uma verdade absoluta. Na fertilização orgânica, o processo de absorção dos minerais ocorre de maneira mais lenta e duradoura, e na adubação inorgânica essa absorção é mais rápida. Mas, existem várias outras diferenças, que vão desde os efeitos nocivos causados pelos fertilizantes químicos, até questões de sustentabilidade e meio ambiente. Clique aqui e faça download de documento sobre fertilizantes.

 

      • Compostagem

 

Grande parte do que as famílias brasileiras enviam para o aterro é material que pode ser transformado em composto. Toneladas e toneladas de produtos em natura, como restos de comida, cascas de frutas, entre outros são enviados para aterros e lixões. Quando seus restos de comida são misturados com outros lixos no aterro, perdemos todo esse valioso nutriente para sempre.

No entanto, há algo fácil que todos nós podemos fazer para ajudar a corrigir esses problemas. Em vez de enviar os resíduos de cozinha para o aterro, simplesmente faça a compostagem na sua casa.

 

Quer seja uma criação de minhocas, sistema Bokashi ou uma simples caixa de compostagem, é possível transformar facilmente todos os resíduos domésticos de cozinha em um recurso valioso, que pode alimentar hortas e jardins ou até mesmo suas plantas em vaso. Clique aqui e faça download do guia de compostagem e entenda o que você pode fazer.

 

    • Pesticidas

 

Agrotóxicos, defensivos agrícolas, pesticidas, praguicidas, remédios de planta, veneno. Essas são algumas das inúmeras denominações relacionadas a um grupo de substâncias químicas utilizadas no controle de pragas e doenças de plantas (Fundacentro, 1998). São utilizados nas florestas nativas e plantadas, nos ambientes hídricos, urbanos e industriais e, em larga escala, na agricultura e nas pastagens para a pecuária, sendo também empregados nas campanhas sanitárias para o combate a vetores de doenças.

 

Embora exista um forte lobby em favor dos fabricantes de pesticidas, obviamente porque este é um mercado bilionário, está mais do que claro que o tema precisa ser repensado. Claramente deve existir controle sobre pragas, mas está igualmente claro que os modelos atuais estão se exaurindo, então pensar em culturas mais sustentáveis parece ser o caminho.

Leia na integra o documento Pesticidas, que fornece uma abrangente visão sobre os pesticidas químicos, suas implicações e consequências. Também está disponível para download a nossa abordagem sobre Pesticidas Orgânicos, que mostra as alternativas para o controle e manejo sustentável de pragas na sua cultura.

 

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Gerando a sua própria energia

 

Gerar sua própria eletricidade pode reduzir os custos de energia e garantir que seu fornecimento seja seguro e com baixas emissões de carbono.

 

Para propriedades rurais, pode ser a única opção prática e econômica. Para propriedades urbanas, a microgeração também pode ser uma opção atraente nas circunstâncias certas.

 

Existem várias opções, desde energia solar, eólica e hídrica até geradores a diesel tradicionais.

 

Gerar sua própria eletricidade pode ser mais barato a longo prazo do que continuar usando a energia das linhas locais, principalmente para locais que têm acesso a bons recursos renováveis ​​(eólico ou solar).

 

Para propriedades em áreas remotas, as conexões com as linhas locais podem custar muito caro e inviabilizar a sua instalação. Gerar sua própria eletricidade pode sair mais barato ao longo do tempo. Também pode ser uma opção em áreas urbanas. No momento, os custos de instalação são relativamente altos, mas vem caindo paulatinamente.

 

Se você estiver conectado à rede e gerar sua própria eletricidade, poderá vender qualquer excesso de volta à sua empresa de energia, isso além de reduzir o seu custo de energia, ajuda na redução de emissões de carbono de geração de energia usando fontes não renováveis como as termoelétricas a diesel.

 

No Brasil, o consumidor que desejar pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição local. Trata-se da estratégia de micro e minigeração distribuídas de energia elétrica, apoiadas em inovações que podem aliar economia financeira, consciência socioambiental e autossustentabilidade. A Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, entrou em vigor em 2012.   (Link da norma - http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf 

 

As opções para gerar sua própria eletricidade incluem: sistemas fotovoltaicos, turbinas eólicas, biomassa e geradores diesel. Para efeitos deste artigo vamos cobrir apenas os sistemas fotovoltaicos, embora sistemas de turbinas eólicas podem ser viáveis, em especial em regiões com presença de ventos constantes.

 

Eólica, fotovoltaica, hidrelétrica, biogás e biodiesel usam fontes de energia renováveis, não produzem emissões líquidas nocivas e – dependendo de suas circunstâncias – podem oferecer opções econômicas de geração de eletricidade.

 

    • Uso de painéis solares

 

Os painéis solares são a fonte de energia renovável mais comum. Você já deve tê-los visto nos telhados do seu bairro.

Conhecidos como fotovoltaicos, os painéis solares captam a energia do sol usando células fotovoltaicas. Isso as vezes gera dúvidas, mas os painéis fotovoltaicos não precisam de luz solar direta para trabalhar, por isso a referência painéis solares parecem ser mais adequados, pois basta a luz do sol para que funcionem, claro que quanto mais forte for a luz do sol, mais energia é gerada. Idealmente, devem ser instalados em telhados com mínima incidência de sombra.

 

As células fotovoltaicas convertem a luz solar em eletricidade, que pode ser usada para eletrodomésticos e iluminação. Outra alternativa é um sistema de aquecimento de água com a energia do sol usando sistemas solares térmicos.

 

Um painel solar fotovoltaico consiste em muitas células feitas de camadas de material semicondutor, mais comumente silício. Quando a luz do sol incide sobre este material, um fluxo de eletricidade é criado. As células não precisam de luz solar direta para funcionar e podem até funcionar em dias nublados. No entanto, quanto mais forte a luz do sol, mais eletricidade gerada.

 

Simulando o requerimento de um sistema para uma casa em São Paulo, com gasto médio mensal de R$500, o valor estimado do investimento seria ao redor de R$30.000,00, com as seguintes características:

 

  • Instalação de 12 painéis de 450W cada;
  • Capacidade do sistema: 5,4 kW;
  • Capacidade de geração anual estimada 7.000 kWh

 

Se for analisado o resultado a curto prazo provavelmente a conclusão será de inviabilidade do investimento, mas ao avaliar projeto sob a ótica de 20 anos ou mais, já que essa é a vida útil dos painéis solares, o projeto é mais do que viável economicamente. Geralmente empresas que vendem e instalam sistemas fotovoltaicos oferecem serviços on-line, que permitem o cálculo estimado de investimentos na instalação deste tipo sistema.

 

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Maximize o uso de eletrônicos

 

Uma grande contribuição que você pode dar para o meio ambiente e para o seu bolso é maximizar o uso de todo e qualquer equipamento eletrônico que adquirir. Celulares, computadores, tablets, televisores e eletrodomésticos podem ser utilizados até que estejam atendendo a sua necessidade, mas geralmente são trocados para atender a requisitos de estética ou para estar atualizado com o último modelo. Um telefone celular, por exemplo, duas ou três versões anteriores a última pode atender perfeitamente as necessidades de seu usuário, ainda assim, se for necessário trocar o seu aparelho, doe para outra pessoa que poderá utilizá-lo, e se não tiver mais condições de uso, faça o descarte corretamente.

 

Um desafio adicional é uma pratica, que tem sido sistematicamente adotada pela indústria, como parte da sua estratégia de produção, conhecida como obsolescência programada, que afeta produtos de múltiplos setores, em especial os eletrodomésticos e os eletrônicos, como os smartphones, que em muitos casos ficam mais lentos e começam a falhar dois anos depois de comprados. Clique aqui e baixe o documento “O desafio da Obsolescência”.