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A atmosfera é a massa gasosa que circunda nosso planeta e foi classificada em camadas com diferentes densidades de gases. A camada mais fina e mais baixa (no nível do solo) é conhecida como troposfera. É aqui que vivem as plantas e os animais e onde ocorrem os nossos padrões climáticos. Sua altitude atinge cerca de 7 quilômetros de altura nos polos e 17 quilômetros no equador.

 

Como o resto da atmosfera, a troposfera é dinâmica. Dependendo da altitude, o ar tem uma densidade diferente e uma composição química diferente. O ar se move ao redor do planeta constantemente, atravessando oceanos e vastas áreas de terra. Os ventos podem transportar pequenos organismos, incluindo bactérias, vírus, sementes e espécies invasoras para novos locais.

 

O ar que conhecemos, é composto por aproximadamente 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de argônio. Há também vapor de água no ar, representando entre 0,1% e 4% da troposfera. O ar mais quente geralmente contém mais vapor de água do que o ar mais frio. Também ainda quantidades muito pequenas de outros gases, conhecidos como gases traços, incluindo dióxido de carbono e metano. Além disso, milhares de outros gases e partículas (incluindo fuligem e metais) liberados na atmosfera de fontes naturais e artificiais.

 

    • Elemento essencial a vida 

 

A nossa vida na terra depende do ar que respiramos e de nossa capacidade de extrair oxigênio para fazer a nossa máquina funcionar, em especial para criar energia. Durante a vida, uma pessoa respira cerca de 250 milhões de litros de ar, que pesa cerca de 300.000 kg.

 

Críticos para todas as formas de vida, esse elemento vem perdendo qualidade devido a ação humana, por isso, requer ações concretas e urgentes a fim de mitigar consequências dramáticas para os seres humanos.

 

A qualidade do ar que respiramos é sensível às mudanças climáticas e fortemente dependente do clima. Mudanças nas temperaturas, cobertura de nuvens, umidade, frequência e intensidade da precipitação e padrões de vento associados a mudanças climáticas podem influenciar a qualidade do ar por meio da alteração dos níveis e da localização de poluentes do ar externo, como ozônio da troposfera. O aumento dos níveis de dióxido de carbono também leva a primaveras mais precoces e estações de crescimento mais longas para muitas plantas, afetando dramaticamente a agricultura.

 

Temperaturas elevadas, secas e outros distúrbios causados ​​por mudanças climáticas também aumentam a frequência e a intensidade das emissões naturais que influenciam a qualidade do ar, como fumaça de incêndios florestais e poeira trazida pelo vento. Mudanças na qualidade do ar também podem afetar negativamente os sistemas respiratório e cardiovascular humanos.

 

    • Poluição do Ar

 

Nem todas as substâncias no ar são consideradas poluentes. Em geral, a poluição do ar é definida como a existência de determinados poluentes na atmosfera em níveis que afetam negativamente a saúde humana e o meio ambiente. Se tornou um grande problema de saúde ambiental que afeta as pessoas tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. Com milhões de pessoas morrendo prematuramente todos os anos como resultado direto da má qualidade do ar, nunca foi tão importante monitorar o ar que respiramos.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano a poluição do ar é responsável por quase sete milhões de mortes em todo o mundo. Atualmente, nove em cada dez seres humanos respiram ar que excede os limites das diretrizes da OMS para poluentes, sendo os que vivem em países de baixa e média renda os que mais sofrem. 

 

Nem todos os poluentes do ar vêm de fontes artificiais. Muitos fenômenos naturais, incluindo erupções vulcânicas, incêndios florestais e tempestades de areia liberam poluentes do ar na atmosfera. As partículas de poeira podem viajar bastante, dependendo dos ventos e das nuvens. Independentemente de serem artificiais ou naturais, uma vez que essas substâncias estão na atmosfera, elas podem desencadear reações químicas e contribuir para a poluição do ar. Céu limpo e alta visibilidade não são necessariamente sinais de ar limpo.

 

  • Efeitos diretos da poluição do ar para os seres humanos

 

Infelizmente, o ar que respiramos contém mais do que gases naturais. Há mais de meio século que se conhece os efeitos dos gases indesejados na atmosfera, embora a grande maioria da população continue negligenciando.

 

Desde o final de 1952 quando Londres foi surpreendida por um denso nevoeiro de poluição devido a queima de carvão causando um aumento maciço de doenças pulmonares graves e mortes, muitas ações foram tomadas para reduzir as emissões de gases nocivos, tanto por parte da indústria como domésticas, mas está claro que, apesar de importantes, estas ações não foram e não são suficientes para trazer os níveis de contaminação para padrões gerenciáveis.

 

Respirar ar poluído com dióxido de nitrogênio, que entra no ar pelo tráfego rodoviário e outros processos de combustão de combustíveis fósseis, pode causar problemas respiratórios para as pessoas, em especial, aquelas que vivem nos grandes centros.

 

O monóxido de carbono, proveniente principalmente de veículos que não queimam completamente os combustíveis fósseis, reduz a quantidade de oxigênio que pode ser transportada em nossa corrente sanguínea. O formaldeído, que pode ser lançado na atmosfera pelas indústrias de processamento de madeira e por incêndios florestais, pode irritar a pele.

 

Ao contrário do ozônio na estratosfera, que nos protege dos raios ultravioletas nocivos do sol, o ozônio na baixa atmosfera pode causar problemas respiratórios e danificar a vegetação. É um dos mais importantes componentes da poluição urbana, e se forma quando óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis se combinam na presença da luz solar.

 

  • O que você pode fazer para reduzir a poluição

 

Muitas vezes mudança climática e poluição do ar são tratadas como uma única coisa, mas, os dois problemas diferem de maneira significativa. Embora as emissões de carbono de um país contribuam para a mudança climática globalmente, o mesmo, necessariamente, não acontece com a qualidade do ar. 

 

Existem alguns problemas transfronteiriços de qualidade do ar, com a poluição de um país soprando além de suas fronteiras para os estados vizinhos, como em casos de incêndios florestais ou erupções vulcânicas, mas, na maioria das vezes, a poluição é local. 

 

As partículas mais perigosas são as menores, as nanopartículas, que só existem a poucos metros de sua fonte, por exemplo aquelas geradas por veículos de motor a combustão. A vida útil do dióxido de nitrogênio também normalmente não é mais do que um dia, e muitas vezes muito menos, o que significa que não pode ir muito longe. O ozônio superficial é tão altamente reativo que pode desaparecer em poucas horas.

 

Isso significa que você pode fazer muito mais do que imagina para contribuir com a melhora da qualidade do ar que você e seus vizinhos respiram. Além disso, a maioria das medidas para reduzir a poluição do ar exterior tende a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e ajudar a reduzir o impacto das mudanças climáticas.

 

  • Antes de queimar qualquer coisa, seja combustível em um carro, carvão na churrasqueira ou o lixo de casa, se pergunte sobre a necessidade de emitir carbono.  É realmente necessário?

 

  • Tente caminhar, andar de bicicleta ou usar o transporte público em vez de usar carro para viagens curtas. Além de contribuir com o meio ambiente, você se exercitará e terá opção de ver detalhes cotidianos que geralmente não observa ao dirigir.

 

  • Se você precisa comprar um carro, estude os modelos disponíveis e opte por carros que consomem menos combustível, modelos híbridos ou que poluam menos.

 

  • Considere fazer seu próprio investimento em energia renovável, instalando painéis solares para aquecimento de água, que é um grande vilão no consumo de energia elétrica.

 

  • Evite queimar lenha, ou qualquer outro tipo de biomassa que gere carbono.