O Egito assume a próxima presidência da COP 27 com grande expectativa. A razão é o relatório divulgado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), em fevereiro de 2022, que mostra dados alarmantes sobre os efeitos das mudanças climáticas no planeta.
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) é um tratado internacional com o objetivo de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.
Uma das principais tarefas da COP é revisar as comunicações nacionais e os inventários de emissões apresentados por todos os países membros e, com base nessas informações, avaliar os progressos feitos e as medidas a serem tomadas. Nesta oportunidade, líderes empresariais, governos e sociedade civil se unem para discutir ações para mitigar os impactos climáticos que resultam das ações do homem.
A COP surge da primeira iniciativa da ONU que envolveu o setor privado nas discussões sobre o clima em 1992, realizada no Rio de Janeiro, a Rio 92. Desde a COP1 que aconteceu em Berlim em 1995, aconteceram alguns marcos importantes, como a COP6 em Haia na Holanda onde se debateu mecanismos de desenvolvimento limpo, impondo metas de emissão, ou a COP21 em Paris, na França, que resultou no Acordo de Paris que estabelece o compromisso de estabilizar o aquecimento global em 2º. graus Celsius, em relação a temperatura do período pré-industrial.
Mas, o que esperar da COP27?
Vontade política global, apoiada pela ciência rumo a uma mudança de paradigma por meio de uma transformação justa e ambiciosa.
Relatórios recentes do IPCC destacaram a gravidade da crise climática e a necessidade de ações concretas, imediatas e sustentadas por parte de governos e sociedade. Com base no impulso de Glasgow (COP26), tem se buscado aumentar ainda mais o escopo dos resultados em toda a agenda de ação climática.
Não existe plano B, até porque não temos um planeta B, ou agimos agora, ou será tarde, e toda a população vai sofrer consequências pesadas. Mas, apesar dos enormes desafios, existem muitas oportunidades para melhorar as condições de vida em todos os lugares do planeta, em especial, para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
Enfrentar a crise climática requer uma ação coletiva ousada e rápida
O objetivo da COP 27 no Egito é passar das negociações e planejamento para a implementação, através de ações concretas e de maneira oportuna e inclusiva. É necessário harmonizar nossos esforços globalmente, se quisermos cumprir promessas e compromissos feitos em fóruns anteriores. As palavras devem ser transformadas em ação.
Globalmente, a crescente frequência e intensidade de eventos climáticos extremos está impactando a vida e os meios de subsistência de milhões de pessoas. O aumento da temperatura média global e o rápido aquecimento global estão causando consequências alarmantes para os seres humanos e todas as outras formas de vida na Terra.
De fato, a crise climática agravará as ameaças sociais, econômicas e ambientais. Portanto, são necessárias ações urgentes para enfrentar a crise climática e fortalecer a implementação de `respostas concretas que permitam criar um planeta resiliente.
Como não temos outro planeta, precisamos urgentemente focar os nossos esforços coletivos no sentido de combater os impactos adversos das mudanças climáticas. Não existe outra alternativa se desejamos garantir um futuro sustentável para todos os habitantes do planeta terra.
