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O financiamento sustentável ou financiamento verde envolve a tomada de decisões de investimento que consideram não apenas o retorno financeiro, mas também fatores ambientais, sociais e de governança.

 

A perda da biodiversidade e da natureza está colocando em risco as economias globais, os meios de subsistência e o sistema financeiro, por isso, o investimento na proteção da biodiversidade pode oferecer oportunidades importantes, incluindo e além dos retornos financeiros. 

 

Nos últimos 40 a 50 anos, boa parte da vida selvagem global desapareceu devido à atividade humana, impactando a saúde do ecossistema, nossos sistemas alimentares, nossos sistemas hídricos, nosso conforto e bem-estar e o clima da Terra. Como resultado tem sido constantes os desastres naturais em torno do globo, como: inundações, incêndios florestais, secas, tempestades de neve, entre outros fenômenos.

 

Isso significa que precisamos encontrar uma forma de manter o nosso conforto e bem-estar, sem agredir tanto o meio ambiente. Uma das maneiras encontradas pelas instituições que se ocupam de estudar e propor soluções para mitigar os impactos no meio ambiente é através do financiamento verde. O financiamento verde é um tipo de empréstimo ou investimento que apoia atividades ecologicamente corretas (verdes), como a compra de bens e serviços ecologicamente corretos ou a construção de infraestrutura ecologicamente correta.

 

Crescimento verde significa alcançar o crescimento econômico enquanto reduz a poluição e as emissões de gases de efeito estufa, minimizando o desperdício e melhorando a eficiência no uso dos recursos naturais. Isso requer investimento de longo prazo e financiamento sustentado. Os orçamentos públicos têm sido tradicionalmente uma importante fonte de financiamento de infraestrutura verde. Mas, dadas as pressões sobre as finanças públicas, serão necessários investimentos privados em larga escala para a transição para uma economia verde. 

 

Os governos têm um papel fundamental a desempenhar no fortalecimento das estruturas de políticas domésticas para catalisar e mobilizar o financiamento privado e o investimento em apoio ao crescimento verde. É necessário alinhar e reformar melhor as políticas em todo o espectro regulatório para superar as barreiras ao investimento verde e fornecer um ambiente propício que possa atrair investimentos nacionais e internacionais para suportar os projetos sustentáveis.

 

Os bancos estão cada vez mais engajados e disponibilizando mais financiamentos verdes para financiar projetos verdes, como parques eólicos e solares, áreas de reflorestamento e outros projetos sustentáveis. Os bancos desempenham, portanto, um papel essencial para ajudar as pessoas e empresas a ter acesso ao dinheiro para apoiar atividades ecologicamente corretas.

 

A importância do financiamento verde no apoio à transição para uma economia de baixo carbono foi reconhecida pela COP26, uma conferência da ONU convocando os principais líderes mundiais para suportar planos para proteger o planeta. Esta reunião de cúpula segue a COP21 que aconteceu em Paris em 2015, onde os governos concordaram em limitar o aquecimento global em 2 graus Celsius, ou menos, em comparação com os níveis pré-industriais. 

 

Mobilizar o financiamento é um dos quatro objetivos principais da COP26, uma vez que toda a economia global precisará fazer a transição para minimizar as emissões de carbono a fim de limitar o aumento da temperatura global. A colaboração global é necessária, pois os países mais pobres ou mais vulneráveis, como pequenas nações insulares, precisam de ajuda e a COP26, é o fórum perfeito para todos se unirem em torno de um objetivo comum que é o de combater os efeitos das mudanças climáticas.

 

Quem são os principais fornecedores de finanças sustentáveis?

As corporações são a maior fonte de financiamento relacionado ao clima, tanto por meio de iniciativas de RSC quanto por seus investimentos em vários setores, incluindo energia renovável, transporte e infraestrutura. Os bancos também fornecem uma proporção significativa dos recursos financeiros que podem ser mobilizados para investimentos verdes.

 

Organizações internacionais como a ONU, a OCDE e o G20 fornecem apenas financiamento limitado, mas definem a agenda sobre questões de sustentabilidade em nível internacional e ajudam a coordenar as fontes de financiamento.

 

Os governos nacionais determinam o montante de financiamento público destinado a investimentos verdes, bem como o apoio institucional. Também podem apoiar o projeto de domésticos dedicados.

 

Bancos centrais e autoridades regulatórias tem o importante papel de orientar o setor financeiro para investimentos verdes por meio de políticas e regulamentações. As bolsas de valores também costumam se especializar em investimentos verdes e sustentáveis. Por exemplo, o Green Climate Fund, sediado em Incheon, Coréia do Sul, estabelecido no âmbito da UNFCCC como uma entidade operacional do Mecanismo Financeiro para auxiliar os países em desenvolvimento na adaptação e práticas de mitigação para combater as mudanças climáticas.

 

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