O solo fornece a base principal para a atividade humana e habitação. É um recurso limitado e frágil, que a política ambiental procura proteger globalmente.
Um solo saudável é essencial para o bem-estar coletivo, segurança alimentar e estabilidade ambiental, incluindo clima, água e biodiversidade. É um bem precioso e essencial, e se bem usado melhora o rendimento das colheitas, os valores nutricionais e os meios de subsistência. Não pode haver comida sem solo saudável, e não pode haver vida sem comida.
No entanto, a população crescente requer aumentar a produção de alimentos para alimentá-la, afetando a qualidade do solo do planeta, assim como a atividade humana contribui para a mudança climática.
O aumento das temperaturas, combinado com secas e inundações, agrava a degradação e erosão do solo. O mundo perde mais de 24 bilhões de toneladas de solo superficial a cada ano, algumas das quais são depositadas em cursos d'água e reservatórios com graves impactos adversos na economia global e na qualidade ambiental.
Esses efeitos incluem o esgotamento do teor de carbono nos solos, o que é necessário para a produtividade agrícola, perda de nutrientes para as plantas e diminuição da qualidade da água. Isso afeta cerca de 3,2 bilhões de pessoas, a maioria delas vivendo na África e no sul da Ásia.
Para ajudar a combater as mudanças climáticas, agricultores comprometidos com a agricultura sustentável, cientistas e pesquisadores defendem a conservação do solo, que promove solos saudáveis, férteis, produtivos e resilientes. A conservação do solo é essencial para:
Práticas agrícolas pouco sustentáveis podem afetar a saúde do solo, o que, por sua vez, afeta o ciclo climático global. O solo mal utilizado pode liberar dióxido de carbono em excesso, um gás de efeito estufa que contribui para as mudanças climáticas. A restauração do solo degradado e o uso de práticas de conservação do solo na agricultura podem sequestrar carbono, ajudando a construir resiliência aos efeitos das mudanças climáticas.
A conservação do solo também promove o desenvolvimento sustentável e econômico para atender aos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Efetivamente são 17 objetivos focados em fornecer um “futuro sustentável para todos”. De acordo com a Agência Europeia do Meio Ambiente, sete dos objetivos correlacionam diretamente com as práticas de conservação do solo, incluindo:
Construir a resiliência de nossos ecossistemas é fundamental para enfrentar os desafios do clima cambiante, sendo o solo um dos fatores relevantes. Por meio da conservação do solo, é possível minimizar o impacto das mudanças climáticas e atender às necessidades de longo prazo da sociedade.
A conservação do solo contribui para a sustentabilidade do planeta, oferecendo os seguintes benefícios:
Melhora a qualidade e produtividade do solo. O aumento da fertilidade melhora o rendimento das culturas, reduz a necessidade de fertilizantes químicos e economiza dinheiro.
Otimiza a infiltração de água. Uma melhor filtragem aumenta o armazenamento de água, evitando que o solo seque.
Fornece comida e abrigo. A vegetação produtora do solo fornece alimento para todos os tipos de animais e oferece proteção contra os elementos.
Minimiza a perda de terras férteis e aráveis, impactando a produção agrícola e pecuária, bem como a economia
Reduz a poluição e sedimentação que fluem em córregos e rios, afetando peixes e outras espécies
Minimiza a erosão e a degradação ambiental e desertificação da terra , aumentando potencialmente as inundações e impactando negativamente os ecossistemas florestais